Ideias: Cidades que educam

Passadas as eleições municipais, cabe aos prefeitos (as) eleitos(as) colocarem em prática projetos de gestão que sejam capazes de atender a diversidade de anseios dos moradores de seus municípios. Uma tarefa que se torna bem mais fácil em cidades onde os cidadãos são comprometidos com o bem-estar coletivo e o espaço público. Experiências no mundo mostram que isso é possível, a partir do conceito de Cidade Educadora.
O termo surgiu no ano de 1990, em Barcelona, durante um Congresso Internacional, que reuniu vários municípios com o objetivo de melhorar a qualidade de vida urbana, a partir da participação ativa dos habitantes no uso da própria cidade. No Brasil, poucas cidades se atentaram a esse movimento mundial, que vai além de oferecer escolas de qualidade.
Trata-se de promover a educação num sentido bem mais amplo, dentro e fora dos muros da escola. Compreender os espaços públicos como locais onde é possível desenvolver vivências coletivas e uma cultura democrática. De perceber as áreas verdes como uma oportunidade de formação ambiental e as escolas como disseminadoras do conhecimento nos territórios onde estão localizadas.
Está na hora das prefeituras desenvolverem políticas sociais e culturais capazes de fazer com que a arquitetura da cidade não seja um ambiente opressor, mas um local de bem-estar. A Associação para o Desenvolvimento dos Municípios (APDMCE) está imbuída deste objetivo e, ontem, com o workshop “Os princípios de uma cidade educadora”, iniciou uma série de atividades para pensar a cidade de uma maneira formativa e inovadora.
Jô Farias – Gestora de políticas públicas

Fonte: Diário do Nordeste

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