Não é uma prática antiga frequentar academias, puxar ferro, malhar… Por isso, talvez, pessoas com mais idade sejam tão resistentes a praticar esse tipo de atividade, que é que chamamos de exercício de resistência muscular localizado.
Porém, na contramão, vem o fato de ser nessas idades mais avançadas (após os 30 na verdade, mas com maior incidência após os 50 anos, quando passamos a perder entre 1 e 2% de massa muscular por ano), a grande perda de massa muscular que acontece de forma espontânea, com desgaste de ossos e músculos e com as mudanças metabólicas.
Coincide também com a fase em que os idosos estão mais propensos a sofrerem quedas, pela perda do reflexo rápido, equilíbrio, agilidade muscular. E com ossos e músculos mais fracos, isso acaba provocando fraturas e a tão temida falta de autonomia.
Por isso, é importante que após uma certa idade, os adultos consigam manter entre 2 e 3 sessões por semana de exercícios de força. Não precisa ser em uma academia, não precisa puxar ferro, ser extenuante e desagradável. Podem ser exercícios feitos em casa com elástico, um par de pesos não muito pesado, um TRX, por exemplo, ou até mesmo o peso do próprio corpo. O ideal é que um professor possa auxiliar com um programa de exercícios e que esses sejam executados de forma correta.
Há opções como estúdios de ginástica funcional, pilates, entre tantas opções para quem prefere fazer seu exercício sempre com acompanhamento de um profissional, ou não gosta de fazer sozinho em casa.
O importante é não achar que já está tarde, “já está muito velho”, “não adianta mais”… isso não é verdade! O que acontece é que o processo de ganho ou recuperação de massa magra se dá de forma diferente, porque nessa idade não é mais possível aumentar o número de fibras musculares que temos (isso acontece na juventude), mas é possível sim, aumentar o tamanho dessas fibras e com isso recuperar força, autonomia e disposição para viver.
E é sempre importante que os mais velhos (também) estejam atentos à alimentação, e junto com a atividade física procurem consumir uma boa quantidade de proteína. Com exercício e alimentação é possível garantir a qualidade de vida dos anos que temos pela frente.